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Projeto da BCE de Nepomuceno proporciona torneio de xadrez e software para aprendizagem do jogo
Quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Estão abertas, até 8 de novembro, as inscrições para o “1º torneio oficial de xadrez do CEFET-MG campus Nepomuceno”. As inscrições são gratuitas, abertas à comunidade do Município e podem ser realizadas na recepção do campus. Haverá premiações e certificados para os participantes. A competição acontecerá na quarta, 13 de novembro, das 15h40 às 17h40. A disputa decorre de um projeto da Bolsa de Complementação Educacional (BCE) que promove a disseminação do jogo entre os estudantes e criou um aplicativo para o ensino do xadrez.
O projeto “Xadrez como Esporte, Arte, Ciência”, que foi apresentado na Semana de Ciência e Tecnologia, é orientado pelo técnico-administrativo Franciscarlos Nascimento de Ávila Pereira e pela professora de Educação Física Andréa de Oliveira Barra e tem como bolsistas da BCE os estudantes do curso técnico de Mecatrônica Lucas de Souza Fernandes e Andrey Pereira Aureliano.
Lucas Fernandes, que não tinha muito contato com o jogo, contou que, ao participar do projeto, obteve ganhos de diversas naturezas. “No primeiro momento entrei no projeto, pois necessitava de apoio financeiro, até que o projeto começou e eu aprendi a amar o xadrez. Posso dizer que meu aprendizado melhorou muito, sendo que o xadrez afeta várias áreas cognitivas e isso me ajudou muito: nas disciplinas em sala de aula, em relacionamentos fora e dentro da instituição e na convivência dentre outros vários outros benefícios”.
Os recursos financeiros da BCE, Lucas utiliza para “alimentação, saúde, materiais, roupas, itens pessoais e, às vezes, algumas distrações para relaxar um pouco”, destacou. Andrey Aureliano também emprega o auxílio para manter-se estudando. “Utilizo a maioria da bolsa pra ajudar a pagar contas em casa: água, luz e internet e o resto eu utilizo na alimentação, com Xerox e outras coisas da escola. O que sobra com lazer e, às vezes, transporte”, contou.
Além de desenvolver o raciocínio, Andrey Aureliano destacou que o xadrez foi importante para uma mudança de postura que ele desejava. “Aprendi bastante sobre o jogo e, além disso, tive a oportunidade de passar o que aprendi para outros alunos. Foi muito bom, porque me ajudou a perder a timidez e fazer uma apresentação melhor ao dar uma aula para outras pessoas”, observou.
A docente ressalta que os dois bolsistas “são muito comprometidos” e que os benefícios da atividade são observados também por outros professores. “O Lucas apresentou um trabalho de língua portuguesa e a professora falou como ele mudou na sala de aula”, lembrou e reiterou que “a BCE é interessante, porque temos percebido que os alunos que são selecionados têm abraçado os projetos e contribuído. Que essas bolsas continuem!”.
Projeto desenvolve software para ensinar xadrez
Segundo a Profa. Andréa Barra, que promove jogos de tabuleiro nas aulas de Educação Física, o projeto surgiu porque ela percebeu que havia interesse dos estudantes pelo xadrez. “O principio seria o de preparar os bolsistas com as técnicas mais aprofundadas para que repassassem esses conhecimentos aos alunos”, explicou.
Franciscarlos Pereira é professor de xadrez e atua na área de Tecnologia da Informação. A partir do projeto, ele utilizou seus conhecimentos para desenvolver um aplicativo para o ensino do jogo. “O conteúdo da teoria do xadrez é baseado nos seis pilares (abertura, tática, estratégia, meio jogo, finais e análise com ênfase no cálculo). Verificamos que a abertura é um dos pilares mais complexos para ensinar aos alunos. Assim desenvolvi o software “Raio x” para auxiliar no ensino desse pilar”, disse.
O trabalho ainda terá diversos desdobramentos. “Os próximos passos serão o ensino do xadrez para as escolas públicas e privadas. Além disso, promover torneios, palestras, aulas, seminários, etc”, salientou Franciscarlos Pereira.
Secretaria de Política Estudantil